A agenda ESG e o setor de inovação têm andado próximos. Essa relação é inclusive esperada quando pensamos no papel que a inovação tem como forma de buscar alternativas para um futuro mais sustentável ambiental e socialmente. O mercado vem mostrando que as startups ESG têm alcançado importantes espaços: segundo o “ESG Report 2023“, da Distrito, no Brasil, essas empresas foram as que mais receberam aportes em 2022, com 90 rodadas, totalizando US$ 861,6 milhões.
Para Fernando Trota, CEO da Triven, empresa que atua com serviços de backoffice para o setor de inovação e já apoiou aproximadamente 100 startups em processos de M&A e captação, o direcionamento de mais recursos para ESG é uma tendência e deve se expandir.
“O setor de inovação tem esse propósito de trazer propostas que façam a diferença no mundo. Percebemos que esse número de startups cresce no mercado e, na Triven, Observamos nos últimos anos mais procura por serviços de CFO as a Service e Advisory dessas empresas, que já são mais de 11% dos nossos clientes atuais. Isso indica que também há uma busca por profissionalização e melhor gestão de recursos por parte das startups ESG”, pontua Fernando.
Adotando práticas ESG
Dentro do ecossistema de inovação, essa tendência não se reflete somente em mais startups focadas em soluções de sustentabilidade, mas também é preciso que as outras empresas do setor estejam preparadas para a agenda ESG, que deve ser um facilitador na hora da captação.
“Empresas que têm uma boa governança, por exemplo, já saem na frente, pois elas conseguem demonstrar com mais clareza seus dados financeiros e informações importantes para os investidores. Além disso, indicadores como a pegada de carbono, a questão da inclusão e outros relacionados com as pautas ambientais e sociais do ESG podem se tornar cada vez mais um fator diferencial ou até decisivo para a captação de recursos”, observa o CEO da Triven.
Dessa forma, ao unir ESG e inovação, as empresas podem alcançar resultados significativos tanto em termos de criação de valor sustentável a longo prazo quanto em competitividade. Isso porque o ESG orienta as organizações em sua relação com o meio ambiente, colaboradores, comunidades e stakeholders em geral.
O avanço da sustentabilidade ambiental
Também chamadas de startups verdes, greentechs ou cleantechs, as startups sustentáveis se fortalecem no Brasil com inovações para energia renovável, eficiência energética, gestão de resíduos, agricultura sustentável, mobilidade urbana, água limpa e tecnologia limpa.
Um levantamento da ABstartups mostrou que o Brasil conta com pelo menos 102 cleantechs. O estudo foi realizado em 2021 e apontou um crescimento de 83% no número de startups sustentáveis em relação ao ano anterior. O foco dessas empresas é minimizar a degradação ambiental decorrente da ação humana, voltando-se para a otimização dos recursos naturais e para o bem-estar social.
Globalmente, a expectativa é que os investimentos globais em greentechs cresça de US$ 6,8 bilhões em 2018 para US$ 44,6 bilhões em 2026, segundo dados da consultoria Allied Market Research.
Sobre a Triven
A Triven oferece serviços de backoffice, com foco em startups e em empresas inovadoras que desejam se conectar com as melhores práticas utilizadas no setor de inovação. Ela fornece tecnologia e consultoria para estruturar a gestão e também embasar a tomada de decisões estratégicas. Atua em quatro verticais: gestão financeira recorrente (CFO as a Service); consultoria financeira (Advisory); gestão de pessoas recorrente (People as a Service) e gestão de portfólio de investimentos para fundos de VC (Portfolio Management as a Service).