Por Thiago Leão, Engenheiro Mecânico e Diretor Comercial da Nomus, empresa de sistema de gestão para indústrias.
O processo de digitalização das rotinas operacionais e geração de informação para estratégias é um movimento que faz parte da realidade de cada vez mais empresas no país. O nível de digitalização das empresas brasileiras alcançou 52,1% em 2023 no indicador Excelência em Tecnologia e Inovação (INEXTI), significando um aumento de 8,5% em relação ao último ano. Os dados e execução da pesquisa são da OI Soluções em conjunto com a IDC Brasil.
Ainda que haja um longo percurso até a digitalização efetiva do mercado, que abrange diferentes nichos e portes empresariais, é relevante ressaltar que mais da metade dos negócios já estão seguindo o curso da transformação digital, em mais ou menos quesitos, segundo a pesquisa.
Especificamente na área de vendas, há tecnologias e soluções que podem trazer resultados diretos para o setor. Entre elas, é possível citar a popularização dos e-commerces B2C e B2B, que são sites de vendas para pessoas físicas e para pessoas jurídicas, respectivamente. O maior e melhor acesso à internet pelas pessoas, maior confiança por parte do consumidor em adquirir produtos ou serviços on-line e até mesmo a mudança de comportamento gerada pela pandemia do Covid-19 (como preferência por compras sem sair de casa) é um dos precursores principais para a utilização do e-commerce como canal estratégico de venda.
Além dos e-commerces, é preciso destacar o surgimento de vários marketplaces. Esses, são canais de vendas pela internet que buscam ligar o produtor, distribuidor ou varejista até o consumidor final através do know-how de um parceiro renomado, com boa reputação e com boa capilaridade no mercado (que, no mundo virtual, resume-se a alto volume de acessos de usuários). Assim, ao ter um grande site vendendo o produto para a empresa, o negócio ganha essa divulgação em troca de uma determinada porcentagem em vendas e o consumidor ganha a garantia da entrega do bem realizada pelas políticas da marca consolidada.
Esses dois tipos de tecnologias na área comercial estão cada vez mais populares e não são excludentes. As empresas estão utilizando diferentes maneiras de ampliar seus canais e alcançar mais pessoas e melhores resultados.
Ainda sobre a aplicação em vendas, podemos citar outras duas plataformas eficientes: sistemas para qualificação de leads (que são contatos de clientes em potencial) e também o CRMs, que são sistemas para gerenciamento da carteira de prospectos até o fechamento com a conclusão da venda. Esses dois tipos de software estão causando transformações positivas na forma de se vender, automatizando as rotinas mais operacionais e deixando a equipe mais bem preparada, ao se organizar e se municiar de informações, para agir estrategicamente com foco nas contas com maior chance de conversão de venda.
Ferramentas que facilitam a comunicação e interação entre comprador e vendedor também estão cada vez mais utilizadas, já que diminuem as distâncias entre quem tem possível interesse em comprar e quem sempre tem o objetivo de vendas, como na implantação de chatbots e whatsapp business (um dos aplicativos mais populares no Brasil). Do ponto de vista gerencial, encurtar o tempo de uma venda faz diminuir o esforço comercial, o que leva a um resultado geral melhor, refletindo no faturamento e até no lucro. E ainda há tantas outras tecnologias que impactam as vendas, como especialistas em cálculos de fretes e transporte.
Focando na gestão, temos o ERP, que é um sistema especializado em controlar de forma integrada os diversos setores de uma empresa, como uma indústria, por exemplo, que necessita de gerenciamento desde a geração do pedido até a expedição da mercadoria.
Melhorias também são disponibilizadas frequentemente, como maior popularização do EDI financeiro, que automatiza a rotina do setor de finanças e dispensa o envio de remessas para os bancos. Em algum grau, tudo isso reflete em mais agilidade no faturamento, no recebimento de pagamentos e, assim, gerando um ciclo mais saudável no fluxo de caixa da empresa.
Thiago Leão, Diretor Comercial da Nomus
Para finalizar este artigo, o destaque fica na relevância no estabelecimento de parcerias entre os fornecedores de diferentes tipos de sistemas para que, assim, possam oferecer uma solução mais completa aos seus clientes. Está cada vez mais raro encontrar boas e acessíveis plataformas que se propõem a atender “tudo e todos”, havendo uma especialização entre os desenvolvedores de tecnologia. Entretanto, está cada vez mais comum a criação de parcerias para integrar suas ferramentas, principalmente por meio de API. Isso faz com que cada plataforma disponha das suas melhores funcionalidades dentro do seu segmento e, ao mesmo tempo, dá ao cliente segurança ao evitar retrabalhos manuais, mais rapidez e praticidade.
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