A maioria dos micro e pequenos negócios têm perfis nas redes sociais. Além disso, quase todos têm alguma parte de seu faturamento vinda dessas plataformas. Essas são as principais conclusões de uma pesquisa que a SumUp – empresa global de tecnologia e soluções financeiras – realizou com 1.359 clientes, de todas as regiões do Brasil, entre 7 e 13 de julho deste ano.
De acordo com o estudo, 75% dos entrevistados possuem perfis de suas empresas nas redes sociais. As plataformas mais utilizadas por eles são o WhatsApp e o Instagram, citadas por 88% e 81%, respectivamente. Contudo, ainda existe uma parcela de pessoas que não emprega o uso de redes sociais em seus negócios – 25% dos entrevistados.
“Os dados mostram que as mídias sociais são um espaço importante para micro e pequenos empreendedores divulgarem seus produtos e serviços, se conectarem com clientes novos e frequentes e aumentarem seu faturamento. Apesar disso, ainda há espaço para que negócios da base da pirâmide aproveitem o potencial dessas plataformas”, afirma Lilian Parola, economista e diretora de mercado de capitais da SumUp.
Dentre os micro e pequenos empreendedores que utilizam as redes a seu favor, 87% deles administram suas redes sociais sozinhos. Enquanto isso, 8% recebem ajuda de familiares, 4% escalam um funcionário para a tarefa e apenas 2% terceirizam o trabalho para uma empresa ou agência especializada.
Analisando os setores desses negócios que usam as plataformas digitais, o estudo apontou que o WhatsApp é utilizado por 97% dos empreendedores do segmento de Venda de Eletrodomésticos, Celulares e Informática. Já negócios com foco em Serviços de Estética e Beleza destacam que o Instagram é a plataforma mais empregada, e utilizada por 89% deles. Em contrapartida, o setor que menos aderiu ao Instagram é o de Oficinas Mecânicas e Venda de Autopeças, com 54% de utilização dessa rede social.
Quando olhamos para o tamanho dos negócios, o estudo verificou que, conforme o faturamento da empresa aumenta, mais esse empreendedor utiliza WhatsApp, Instagram, Facebook e Tik-Tok. “Entendemos que isso ocorre por duas razões diferentes. No primeiro caso, o faturamento maior é a causa da maior presença nas plataformas: negócios mais estruturados conseguem alocar tempo e dinheiro para as redes. No segundo, o faturamento maior é a consequência: a estratégia do negócio nas mídias sociais é tão boa que começa a entrar mais dinheiro na empresa”, diz Lilian.
O relatório apontou também que o Instagram é menos utilizado conforme a faixa etária do empreendedor aumenta. E, em movimento contrário, o Facebook é mais usado entre os com mais idade.
“Esse dado mostra que, independentemente dos negócios, os empreendedores enxergam as redes de maneira geracional, ou seja, de acordo com a idade do comerciante, uma ou outra plataforma é priorizada”, explica a executiva.
Agora, falando sobre os 25% dos empreendedores que não utilizam nenhuma rede social em seu negócio, o maior motivo apontado por eles para isso foi a falta de tempo para administrar os perfis online, problema destacado por 40% dos respondentes. Ao mesmo tempo, 23% revelam não possuir expertise nem condições financeiras para manter as redes. Por fim, apenas 8% não acreditam que as plataformas contribuem para os negócios e, por conta disso, não apostam na tecnologia.
Faturamento nas redes
Entre os negócios que estão nas redes sociais, 93% deles têm algum faturamento (pelo menos 1%) vindo de sua presença nas plataformas. Cerca de metade das pessoas entrevistadas (47%) declararam que 30% ou mais do seu faturamento vem das plataformas digitais.
“É muito interessante analisarmos que ao posicionarem suas marcas na internet os empreendedores, muitas vezes, conseguem potencializar suas vendas e conquistar novos clientes”, conta Lilian.
O segmento de Venda de Roupas e Acessórios é o que mais ganha dinheiro nas mídias sociais: 32% dos empreendedores desse mercado têm mais de 50% de seu faturamento vindo das redes. Por outro lado, pessoas que trabalham com Oficinas Mecânicas e Serviços de Autopeças são as que menos faturam nas plataformas: para 36% delas, no máximo 10% dos ganhos vêm das mídias sociais.
O WhatsApp foi apontado como a mídia social que mais gera retorno financeiro para 60% dos entrevistados que utilizam as plataformas digitais. Em segundo lugar, vem o Instagram, o serviço mais lucrativo para 25% dos empreendedores. Apenas 5% afirmam que nenhuma rede social gera retorno – mesmo usando-as.
O Instagram e o Facebook tendem a gerar um retorno financeiro melhor proporcionalmente ao tamanho do negócio.
Por fim, cerca de 24% desses entrevistados têm o hábito de pagar anúncios em redes sociais. Profissionais de saúde são os que mais costumam anunciar. Além disso, a realização de anúncios digitais aumenta significativamente conforme maior o faturamento do negócio e quanto mais jovem é o empreendedor.
Confira a pesquisa na íntegra clicando aqui.
Sobre a SumUp
A SumUp é uma companhia global de serviços financeiros que oferece um ecossistema de soluções para microempreendedores, como maquininhas de cartão, conta digital pelo SumUp Bank, empréstimos e links de pagamento, entre outros produtos.
Há 10 anos empoderando empreendedores ao redor do mundo, a SumUp atende mais de 4 milhões de micro e pequenos negócios em mais de 35 mercados na Europa, nos Estados Unidos, na Oceania e na América Latina. No Brasil, está presente desde 2013, empregando 800 pessoas, sendo 59% mulheres e 28% LGBTQIAP+. Realizando pesquisas constantes com seus clientes e com foco em educação financeira, a SumUp acompanha as tendências do mercado e dos micro e pequenos negócios.